Conheci o Gio durante o curso de verano de criatividade. Desde de 2013, nos falamos apenas pela internet, mas posso dizer que nasceu uma amizade. Ano passado, em uma breve visita a Baires, pude reencontrá-lo, mas a situação era contrária: ele era quem estava morando lá, e eu a quem estava chorando pra voltar.
Aqui segue seu pequeno relato sobre o amor que foi conhecer a Argentina, o seu vai-e-volta e a prova de que você pode e deve ir atrás do que faz seu coração bater mais forte.
Minha (nada) breve história com Bueno Aires
Como um amor à primeira vista, me apaixonei.
Foi em 2010. A vi ali da janela do primeiro avião que peguei na vida. Cheguei como turista, com mala e expectativas. Encontrei aí uma cidade tão perto da minha cidade, Porto Alegre, mas tão longe do estilo de vida dos brasileiros. Me fascinei pelo fascínio dos argentinos pela leitura, me encantei com os parques, me surpreendi pelo seu conhecimento em política e história e, no final, me visualizei neste estilo de vida. Voltei para a República Rio Grandense (rsrs) com uma vontade das coisas simples que já não eram permitidas em grandes cidades brasileiras, como o hábito de caminhar de madrugada pelas ruas, a variedade de cafés e livrarias, a sensação de segurança na maior parte dos lados e um transporte público de qualidade. Comecei a me ver como refém de minha própria Porto Alegre. Comecei a notar que o habitual já não era minha normalidade.
Como em um relacionamento que acaba, e o amor persiste, voltei.
Foi em 2013. Quando descobri que o final da faculdade estava chegando e queria viajar antes disso. Aliei esta viagem com o meu tema de TCC-roteiros audiovisuais. Descobri também o quanto vale a pena fazer cursos em Buenos Aires, custo-benefício incrível. Encontrei um curso de especialização em criatividade e, de quebra, comecei a fazer um curso de roteiros. Foram 3 meses, aqueles que estaria na praia, de férias. Foram 3 meses que mudaram minha ideia de vida. Voltei para Porto Alegre com um até logo gravado na cabeça. Voltei com tudo me irritando. Foi quando me dei conta que a frustração existia porque EU estava mudado. Eu era o problema. E a solução.
Me ajoelhei e pedi à cidade: casa comigo?
Foi em 2014. Depois de formado e depois de sair do meu emprego de forma não habitual, que me vi em uma Porto Alegre que não me dava tesão. Voltei para Buenos Aires, e amigos, que tesão. Aqui você encontra um estilo de vida que te permite. Estamos falando da capital latino-americana da cultura, da capital com maior número de livrarias per capita do mundo, da cidade que te permite chegar de bicicleta aonde quer que seja, que usa patins e skate como transporte, que tem busão 24hrs, que permite gurias caminharem sozinhas de noite, que permite comer 70kg de carne por ano, enfim, uma cidade que me fez ver um estilo de vida que buscava. Buenos Aires agora é minha esposa, depois de um ano na luta, consegui um trabalho em uma emissora de TV. Estou aqui pelo emprego, mas mais que isso, estou aqui tentando fazer um caminho diferente daquele que não encontrei em Porto Alegre. Buenos Aires te permite ser, conhecer, comer, fumar e andar como você sempre quis, como você sempre foi.
Giovani Giordani, 25 anos, Redator
Há um ano de mala e cuia na capital portenha
P.S: me coloco a disposição de qualquer pessoa que quiser trocar uma ideia sobre estes momentos de vida ou simplesmente bater um papo sobre Buenos Aires.
Você pode mandar uma mensagem pelo Facebook do Giovani
Minha (nada) breve história com Bueno Aires
Como um amor à primeira vista, me apaixonei.
Foi em 2010. A vi ali da janela do primeiro avião que peguei na vida. Cheguei como turista, com mala e expectativas. Encontrei aí uma cidade tão perto da minha cidade, Porto Alegre, mas tão longe do estilo de vida dos brasileiros. Me fascinei pelo fascínio dos argentinos pela leitura, me encantei com os parques, me surpreendi pelo seu conhecimento em política e história e, no final, me visualizei neste estilo de vida. Voltei para a República Rio Grandense (rsrs) com uma vontade das coisas simples que já não eram permitidas em grandes cidades brasileiras, como o hábito de caminhar de madrugada pelas ruas, a variedade de cafés e livrarias, a sensação de segurança na maior parte dos lados e um transporte público de qualidade. Comecei a me ver como refém de minha própria Porto Alegre. Comecei a notar que o habitual já não era minha normalidade.
Como em um relacionamento que acaba, e o amor persiste, voltei.
Foi em 2013. Quando descobri que o final da faculdade estava chegando e queria viajar antes disso. Aliei esta viagem com o meu tema de TCC-roteiros audiovisuais. Descobri também o quanto vale a pena fazer cursos em Buenos Aires, custo-benefício incrível. Encontrei um curso de especialização em criatividade e, de quebra, comecei a fazer um curso de roteiros. Foram 3 meses, aqueles que estaria na praia, de férias. Foram 3 meses que mudaram minha ideia de vida. Voltei para Porto Alegre com um até logo gravado na cabeça. Voltei com tudo me irritando. Foi quando me dei conta que a frustração existia porque EU estava mudado. Eu era o problema. E a solução.
Me ajoelhei e pedi à cidade: casa comigo?
Foi em 2014. Depois de formado e depois de sair do meu emprego de forma não habitual, que me vi em uma Porto Alegre que não me dava tesão. Voltei para Buenos Aires, e amigos, que tesão. Aqui você encontra um estilo de vida que te permite. Estamos falando da capital latino-americana da cultura, da capital com maior número de livrarias per capita do mundo, da cidade que te permite chegar de bicicleta aonde quer que seja, que usa patins e skate como transporte, que tem busão 24hrs, que permite gurias caminharem sozinhas de noite, que permite comer 70kg de carne por ano, enfim, uma cidade que me fez ver um estilo de vida que buscava. Buenos Aires agora é minha esposa, depois de um ano na luta, consegui um trabalho em uma emissora de TV. Estou aqui pelo emprego, mas mais que isso, estou aqui tentando fazer um caminho diferente daquele que não encontrei em Porto Alegre. Buenos Aires te permite ser, conhecer, comer, fumar e andar como você sempre quis, como você sempre foi.
Giovani Giordani, 25 anos, Redator
Há um ano de mala e cuia na capital portenha
P.S: me coloco a disposição de qualquer pessoa que quiser trocar uma ideia sobre estes momentos de vida ou simplesmente bater um papo sobre Buenos Aires.
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